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quinta-feira, 16 de agosto de 2012

ROTEIRO DE LEITURA - Exemplo

Título da obra:
1 – Dados Sumários sobre o autor
Autor (es): Tradutor (se houver): Editora: Edição: Ano: Lugar de publicação:
Dados biográficos essenciais do autor:
2 – Faça um breve relato (resumo) sobre a obra:
3 – As Personagens
Nomeie os mais importantes: Traços físicos e psicológicos do protagonista: Caracteriza com três adjetivos a personagem que mais lhe chamou a atenção:
O personagem refere-se tanto a um ser humano, animado ou personificado que se envolve ativa ou passivamente na trama. Revela-se através de dados e aspectos definidos pelo autor, sendo, assim, dotado de características éticas, físicas, psicológicas, sociais, profissionais, etc.
Há personagens:
Personagem linear: é o que mantém caráter e atitudes inalteráveis ao longo da narrativa, sua conduta é previsível. Os heróis, normalmente, apresentam caráter nobre, gestos solidários e são, até fisicamente, privilegiados. Os vilões, por sua vez, carregam uma marca visível da sua condição.
Personagem complexo: é imprevisível em suas atitudes, e é , por vezes, contraditório. Isso o torna, na maior parte dos casos, mais interessante ou fascinante.
Personagem tipo ou caricatura: apresenta um conjunto de traços físicos e psicológicos que o definem claramente. O tipo é uma figura singular, de características marcantes, não necessariamente complexas, como um bêbado, um malandro, um chato, etc. Quanto à caricatura ressalta-se uma única qualidade ou tendência, que é levada ao extremo, provocando uma distorção propositada, quase sempre satírica ou cômica.
Personagem não-humano: quando o protagonista é um ser inanimado ocorre a antropomorfização, que é obtida através do uso de prosopopéias, comumente utilizada nas fábulas.
Os personagens podem ser classificados em protagonistas (principais) e antagonistas (secundários). Os personagens principais comandam as ações e os secundários apenas dão suporte à história, vivendo pequenas situações em torno dos personagens principais. Os protagonistas e antagonistas definem os eixos em torno dos quais gira a história
 4 – Do Enredo
Indique as diferentes etapas da estrutura do enredo (apresentação, complicação, clímax e desfecho):
O enredo é o conjunto de fatos que se encadeiam, sendo a própria narrativa, para que o enredo tenha unidade, os fatos devem estar inter-relacionados, numa relação de causa e conseqüência. Os romances policiais ainda conservam bastante o enredo. Estágios do enredo: exposição / apresentação: menos freqüente, o autor introduz alguns fatos e personagens no inicio da narrativa. Complicação: inicia-se o conflito - trama. Clímax: ápice, ponto de maior tensão na história e o Desfecho: solução dos conflitos.
5 – Do Ambiente
Quais os tipos de ambientes predominantes?
Físico (a natureza, o campo, a cidade):
Social (algum agrupamento social ou comunidade específica, fábrica, colégio, clube, família...):
O ambiente influenciou o comportamento das personagens? Como?
Encontrou descrições interessantes? Transcreva a que lhe chamou a atenção:
O cenário onde se movimentam os personagens pode ser funcional ou decorativo. O cenário funcional é detalhado para a ação e o decorativo, é um espaço de referência, apenas situando onde acontece o fato. Pode-se, também, discriminar os espaços físico e social. No físico estão os domínios da natureza e no social encontramos os traços culturais, econômicos, religiosos, etc.
 6 – Do Tempo
Em que tempo histórico se passa a ação?
Quais características da época (meios de transportes, vestuários, habitações, costumes crenças mentalidades) aparecem na narrativa?
Em que a época influenciou o comportamento das personagens?
O tempo pode ser cronológico ou psicológico. O tempo cronológico é definido por datas ou referências mensuráveis. O tempo psicológico transmite apenas as sensações temporais, flui apenas nas mentes e atitudes dos personagens.
7 – Do Ponto de Vista
Em que pessoa é feita a narração? Que tipo de narrador se apresenta?
O narrador-personagem conta na 1ª pessoa a história da qual participa também como personagem. Há ponto de vista do narrador.
O narrador-observador conta a história do lado de fora, na 3ª pessoa, sem participar das ações. Narra com certa neutralidade, apresenta os fatos e os personagens com imparcialidade
O narrador-onisciente conta a história em 3ª pessoa, às vezes, permite certas intromissões narrando em 1ª pessoa. Ele é capaz de revelar suas vozes interiores, seu fluxo de consciência, em 1ª pessoa. Quando isso acontece o narrador faz uso do discurso indireto livre. Assim o enredo se torna plenamente conhecido, os antecedentes das ações, suas entrelinhas, seus pressupostos, seu futuro e suas conseqüências.
8 – Da linguagem e do estilo
O estilo do autor pareceu-lhe adequado? Vivo? Espontâneo? Explique:
A fala das personagens é ajustada a sua condição social e/ ou realidade do cotidiano?
Faça um levantamento das figuras de linguagens mais utilizadas pelo autor:
Você encontrou expressões ou gírias próprias da época? Qual o significado delas no contexto?
O estilo traz para o texto uma singularidade lingüística, diferenciando-o. O estilo pode ser de época (romântico, realista, barroco, etc.), figurativo (metáfora, sátira, etc.) ou individual, que traduz o sentimento e pensamento do autor. O estilo é, acima de tudo, uma atitude do autor diante das possibilidades que a língua oferece, selecionando e organizando as palavras de modo a produzir um texto com estética peculiar.
 9 – Da Recepção
Que visão de mundo o autor pretendeu mostrar nesta obra? Qual a sua opinião a respeito dela?
Em que a leitura contribuiu para o seu enriquecimento cultural?
Valeu a pena (foi bom) ler a obra? Por quê?
CAPA
Nome / Série (curso) e número de chamada / Nome do professor / Disciplina / Nome da instituição (escola) / Mês e ano

Quer saber mais, então acesse:

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Bem Vindo 2012

Desilusão do quase
Ainda pior que a convicção do não e a incerteza do talvez,
é a desilusão de um “quase”.

É o quase que me incomoda, que me entristece,
que me mata trazendo tudo que poderia ter sido e não foi.

Basta pensar nas oportunidades que escaparam pelos dedos,
nas chances que se perdem por medo,
nas idéias que nunca sairão do papel por essa maldita mania de viver no outono.

Pergunto me, ás vezes, o que nos leva a escolher uma vida morna;
ou melhor, não me pergunto, contesto.

A resposta eu sei de cor, está estampada na distância e frieza dos sorrisos,
na frouxidão dos abraços, na indiferença dos “Bom dia”, quase que sussurrados.

A paixão queima, o amor enlouquece, e o desejo trai.
Talvez esses fossem bons motivos para decidir entre a alegria e a dor, sentir o nada, mas não são.

Se a virtude estivesse mesmo no meio termo, o mar não teria ondas,
os dias seriam nublados e o arco-íris em tons de cinza.

O nada não ilumina, não inspira, não aflige nem acalma,
apenas amplia o vazio que cada um traz de si.

Pros erros há perdão; pros fracassos, chance;
pros amores impossíveis, tempo.

De nada adianta cercar um coração vazio ou economizar alma.

Um romance cujo fim é instantâneo ou indolor não é romance.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar.

Desconfie do destino e acredite em você.

Gaste mais horas realizando que sonhando,
fazendo que planejando,
vivendo que esperando porque,
embora quem quase morre esteja vivo,
quem quase vive já morreu!

(Luiz Fernando Veríssimo)